quarta-feira, 31 de agosto de 2011


E então eu orei e rezei e pedi e não veio. E praguejei como pragueja uma menina mimada e equivocada que sempre esperava receber tudo na mão. E pedi calma. E ganhei calma. E esperei.
Deus nem sempre responde nossas orações com "sim" ou "não"... Às vezes é mais um "Calma aí!"... Acontece hoje, a gente só entende amanhã. Às vezes não é do jeito que a gente espera, na hora que a gente espera e a gente emburra como criança que pediu pra mãe um brinquedo e não veio. Mas o que é ter fé? Não é acreditar, ter esperança, convicção de que um dia as coisas virão?
Eu nem acho essa perspectiva conformista (como acham muitos colegas das ciências humanas). Conformista é cruzar os braços e não fazer mais nada. Ter fé é rezar, orar, pedir para que a chuva venha, acreditar que ela virá, e sair arando os campos antes do seu advento. Ter fé é buscar no divino a força que a gente precisa para continuar caminhando até que conseguir chegar LÁ.
É isso. Peça, acredite, reze, ore pela chuva, mas ARE OS CAMPOS. A chuva virá quando eles estiverem prontos.
[Eu sei. Eu creio. Eu peço. Eu oro. E Deus me diz pra eu esperar (e para arar os campos) porque a chuva sempre vem.]
Um dia uma folha me bateu nos cílios...
achei Deus de uma grande delicadeza." (CL)
[E, por cada benção, cada graça, já alcançada e recebida, eu só queria, do meu jeito parco e humanamente bobo, profundamente agradecer...]

O GOZO DA VIDA


O riso provoca a alegria. O riso insinua a felicidade. Ele é cúmplice, aproxima, desperta. O riso desperta desejo. O riso é revelador da intimidade com o outro. É parceiro no silêncio das palavras. É som que ressoa pela casa. Contamina de riso o ambiente. Vira epidemia de risos sem sentido, embora todos os risos são regados de sentido o tempo todo. O riso é gargalhada. O riso é disfarce que convence. Convence da alegria que a gente nem sente e que passa a sentir a partir do riso. O riso é o começo de tudo. Quisera que também fosse o final. Devíamos enterrar pessoas, histórias e relacionamentos com uma gostosa risada. O riso é o valor que damos às coisas. O riso deixa à mostra o que valeu a pena. Tudo pode ir embora, o riso permanece. É o que resta de tudo o que se foi. Ele sempre acontece. Vezes aqui dentro. Vezes pro lado de fora. E é preciso externalizar o riso. Colocar pra fora a risada que se sente aqui dentro e partilhar o riso com quem já aprendeu a rir de si mesmo e tantos outros. O riso é para o outro, não do outro. Rir do outro é deboche, não é riso. Falo do riso que ama, que acaricia os afetos. O riso das afinidades. O riso do reconhecimento. O riso da compreensão. É o riso que mantém viva a chama da vida. Quem não ri, parece morto. Morreu com batimentos cardíacos que não mais oscilam. Já o riso é que acelera o coração, que causa a arritmia cardíaca necessária para viver as emoções. A arritmia da vida. Esta música que só o riso possibilita. O riso é portas e janelas escancaradas. O riso olha para o lado de fora e chama pra dentro. O riso é rua, festa, muita gente e alegria. O riso nunca é solitário ainda que dado sozinho. O riso é dois, três, vários. O riso é a delícia da vida. O sabor e o tempero que afasta a falta de gosto. Tempera desgostos. O riso dá gosto. Gosto do sexo, da amizade, da conversa. O gosto do bate-papo com os amigos. O gosto de uma confidência. O gosto de um abraço. O gosto de um beijo esperado. Ou inesperado. O gosto do gosto. O riso é o gosto. O gozo da vida.

Pisava leve que era pra não assustar seus sonhos de menina. Não queria crescer, nem usar sapatos de salto alto. Não precisava deles para pisar em nuvens. Foi nelas que aprendeu a andar, na ponta dos pés. Rodopiava de alegria como as borboletas do seu estômago, como iam e vinham os seus sonhos. Pisava leve que era pra não ter medo. Não queria temer o futuro. Não precisava do medo, ele não a levava a nada. Mais que isto, ele impedia de chegar onde ela queria. E ela, chagaria lá de qualquer jeito. Leve. Linda. Moça e bailando como se fosse palco, o cenário da sua vida.

MINUTOS DE SABEDORIA 44

44 SUA irritação não solucionará problema algum!
Medite na grande vantagem de não irritar-se, para não prejudicar sua saúde.
Se você dão se irritar, seu interlocutor voltará aos poucos à serenidade, e todos poderão entender-se.
Seja calmo.
Pense bastante entes de falar.
E não se irrite, porque a irritação não pode solucionar nenhum problema!