segunda-feira, 9 de abril de 2012

Paciência, você ainda tem???


O mais difícil é ajudar em silêncio, amar sem crítica, dar sem pedir, entender sem reclamar.


A aquisição mais difícil para nós todos chama-se paciência. Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados. Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.


Por muito pouco a madame que parece uma 'lady' solta palavrões e berros que lembram as antigas 'trabalhadoras do cais'. E o bem comportado executivo? O 'cavalheiro' se transforma numa 'besta selvagem' no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar.


Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma 'mala sem alça'. Aquela velha amiga uma 'alça sem mala', o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.


Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...


Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.


Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.


A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta.


Pergunte para alguém, que você saiba que é 'ansioso demais' onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.


E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai aguentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar?


Será que você conseguiu ler até aqui?


Respire...


Acalme-se...


O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência.

Atribuido a Arnaldo Jabor

Guerra dos 30!


O tempo passa e quando chegamos nos trinta de verdade... Ser uma mulher de trinta é um tanto quanto engraçado.O tempo passa e quando chegamos nos trinta de verdade... Ser uma mulher de trinta é um tanto quanto engraçado.

Esquisito talvez, porque quando temos quinze anos, achamos uma “mulher de trinta” um pouco velha, usada, passada, amassada... E se ela for solteira, pior ainda: encalhada!

E, um belo dia, como num passe de mágicas, ela aparece em nosso bolo: a velinha dos trinta! E nos apavoramos. E nos acostumamos. As pessoas são engraçadas. A vida da mulher é voltada para cobranças, já perceberam? Se a mulher de trinta não casou, está encalhada e não demora muito para aquela tia (que adora apertar suas bochechas e dizer que você está mais gordinha) sair dizendo aos quatro ventos: “essa menina tem que casar”.

Vai acabar ficando para titia!
Mas encalhada era no tempo da nossa avó. A moda agora é ser feliz! A mulher de trinta é moderna, mais madura e sabe exatamente o que quer e o rumo que deve tomar para não se perder no meio do caminho. Não é mais tão raro vermos mulheres de trinta abdicarem de “esquentar a barriga no fogão e esfriar no tanque” e irem à luta! Trabalham, estudam, recuperam o tempo perdido. E as que ficam em casa, essas são diferentes. O fazem de uma maneira espetacular e administram o lar como uma empresa. Nossa sociedade hoje em dia está repleta dessas mulheres corajosas, competentes e decididas.

Mas chegar aos trinta não é fácil. A crise dos trinta é uma guerra interna. Porque chegar aos trinta anos parece estagnar, estacionar e envelhecer! Mas as coisas não funcionam dessa forma. Existe uma história antes dos trinta e depois deles. Passamos a ver a vida com outros olhos. E de forma bem mais interessante.

É uma fase de transição da mulher criança para a mulher adulta. A mulher passa a exigir mais para si mesma. Valoriza-se mais. A maioria das mulheres casa cedo e algumas nessa idade já estão separadas, se recuperando num quê de “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Pegam seus filhos (se o tiveram) e assumem a vida. Recomeçam. As mulheres dessa idade são simplesmente elas mesmas. Não se envergonham de serem balzaquianas. São normais. São assumidas. E têm TPM. E surtam. E voltam ao normal no outro dia. Mas, para que esconder? Elas são maduras, são perfeitas. Agem com naturalidade. Falam o que pensam.

Para as solteiras, casamento já não é mais prioritário. Não há mais aquela necessidade de casar para se auto-afirmar. Não é mais preciso ficar à sombra de uma presença masculina. Estuda, trabalha e se diverte. Tudo da mesma maneira e com o mesmo grau de intensidade. A mulher de trinta é livre do seu jeito.

Mas é inevitável: você percebe que chegou aos trinta pela quantidade de remédios e cremes que carrega dentro da bolsa e guarda no armário do banheiro! Você troca as balas, chicletes, chocolates por cremes que esticam e puxam, comprimidos antioxidantes, produtos para emagrecer também recheiam os armários, mesmo que você não precise deles! Usamos a prevenção como defesa. Nos matriculamos numa academia, nem que seja só para aparecer uma vez por semana e exibir a carteirinha para os amigos. E ficamos mais charmosas, mais bonitas, porém, muito mais exigentes e cheias de manias. Não pode isso, não pode aquilo, mas tudo com a doçura e a imparcialidade que só uma mulher de trinta é capaz. Ela sabe a diferença exata entre um sim e um não. E a hora certa de ficar no meio termo. Entende perfeitamente o que é bom ou o que é ruim.

As coisas acabam ficando com a nossa cara. E levam a nossa assinatura.