quinta-feira, 16 de junho de 2011

O tempo ensina, mas não cura


Você pode ir embora e nunca mais ser a mesma. Você pode voltar e nada ser como antes. Você pode até ficar, pra que nada mude, mas aí é você que não vai se conformar com isso. Você pode sofrer por perder alguém. Você pode até lembrar com carinho ou orgulho de algum momento importante na sua vida: formatura, casamento, aprovação no vestibular ou a festa mais linda que já tenha ido, mas o que vai te fazer falta mesmo, o que vai doer bem fundo, é a saudade dos momentos simples: Da sua mãe te chamando pra acordar, dos desenhos animados com seu irmão, do caminho pra casa com os amigos e a diversão natural. Do cheiro que você sentia naquele abraço, da hora certinha em que ele sempre aparecia pra te ver, e como ele te olhava com aquela cara de coitado pra te derreter. De qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades: Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma; Cuidado com o que anda desabafando; Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais); Antes só do que muito acompanhado; Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse; Renunciar não quer dizer que não ame; Abrir mão não quer dizer que não queira;
O tempo ensina, mas não cura.
                                                                               |Martha Medeiros

Todos os dias...


Todos os dias levantamo-nos, espreguiçamo-nos, saímos, passeamos e cruzamo-nos com caras, situações, montras, anúncios, carros em movimento, mundos a correr em paralelo, cheios de sentimentos, dúvidas, alegrias e medos. Cruzamo-nos também com coisas que nos apaixonam e nos fixam a atenção, e pode bem até ser um peixinho simpático numa montra de lojas de animais.

As relações que desenvolvemos com as coisas, com os animais e principalmente com as pessoas são grande parte do que somos e fundamentais para sermos felizes. Partilhamos momentos, criamos história e rituais.
No entanto, acontecem relações desequilibradas que têm o perigo de nos fechar. Sugam o nosso tempo, a nossa dedicação e alienam-nos do mundo onde supostamente vivemos; a relação anda a ser vivida exclusivamente em função de mim, da minha alegria e da minha vontade, negligenciando o outro.

E aberto esse espaço ao egoísmo começa consequentemente o eterno jogo do reequilíbrio: no dar e no receber, no estar e no não estar. Às vezes gastamos demais, às vezes damos demais, às vezes queremos demais…

...e amamos de menos! E acabamos por só reconhecer que algumas dessas coisas podem estar a acontecer quando aparece a inquietação, o vazio, enfim a insatisfação!

O apreço não tem preço, (...)


É só mais um doce jogo de palavras de uma música, das
muitas que ouço, enquanto me recordo de algumas pessoas por
quem tenho tanto, tanto apreço ... É tão bom isso!!! Provoca
sorrisos, olhares, memórias, piadas, cumplicidades, choros, abraços e
conversas. Às vezes também provoca dor, é verdade. Mas vale a
pena... Tudo isto para chegar à gratidão. A todas as pessoas que me
são especiais, OBRIGADA!

O Sorriso...

Mesmo antes de sabermos o que era um sorriso, já o sabiamos dar...
Nascemos para brincar, sorrir e darmo-nos aos outros nessas pequenas coisas que nos aproximam das pessoas e abrem a porta da intimidade.

 O sorriso é certo em qualquer lado. Não tem idade, credo, classe social ou raça. Tem por de trás, quando é limpo, uma grande fidelidade interior que transparece sem que nos apercebamos.


É verdade que há pessoas com sorrisos fascinantes, mas não me parece que isso tenha a ver com genética. Claro que uma cara bonita ajuda, ou uns olhos que só por si já passam o dia a sorrir.
Mas antes de mais, acredito que um bom sorriso é algo que se constroí todos os dias. Passa por um querer e por uma disposição para a vida. É um trabalho, lento mas saboroso.

Há sorrisos para tantas ocasiões...


Costumo por isso dizer que não há conversas proibidas. Não há nada que seja tão mau que não possa ser conversado, porque até para esses momentos existe um sorriso. Que seja tímido, que seja apreensivo, que seja o que tiver que ser. Claro que as coisas não podem ser ditas de maneira bruta, com intenção de ferir o outro. Se está tudo muito pesado, dá-lhe um toque de humor. Nascemos para a brincadeira e os assuntos sérios não têm que ser proporcionalmente sisudos.

O sorriso é um lugar onde nos podemos perder. Um lugar fascinante, com recantos escondidos que nos apetece ir conhecendo, um a um. Daí que às vezes se demore tanto a voltar de um desses lugares...

O mundo do sentir visto por mim...


Com o passar do tempo e com o nosso crescimento, vamos aprendendo a interpretar aquilo que sentimos, fisica e emocionalmente. E não sei como funciona com vcs, mas eu às vezes demoro bastante a entender o que REALMENTE se passa comigo.(Sou assim um pouco lentinhaaaaaa mesmo! hehehe).
Perceber se tenho frio, fome, dor ou sono, é fácil, talvez por serem sinais gritantes no nosso corpo que quase nos impossibilitam de sentir seja o que for
para além deles mesmos. 
Perceber se estou animada, triste, entusiasmada, sonhadora, ansiosa, nervosa
ou desmotivada tem sido com o treino, cada vez mais fácil de identificar. Claro
que novas situações acontecem constantemente e volta e meio temos que lidar
com sentimentos que nos são estranhos e obrigam-nos a um esforço maior. 
A questão para mim às vezes é tentar acolher esse sentimento e o que ele
me tenta dizer. Por exemplo, o medo surge na minha vida quando me confronto
com algo que acredito ser perigoso e/ou que me pode magoar. O que retiro
desse medo é um aviso, e se depois disso o conseguir por de lado, melhor. 
Já a ansiedade é um sentimento de apreensão constante e uma espera por
qualquer coisa que nunca sei exatamente o que é ou quando virá. Quando
acontece de me sentir assim, tento perceber o que me leva a isso e às vezes
não consigo. Há qualquer coisa por definir... uma tensão por resolver, que
eventualmente se dá aconhecer. E para cada um dos sentimentos que vou
sentido, vou retirando mais informação sobre o mundo e sobre o seu impacto em mim.
A parte verdadeiramente boa é que os sentimentos chegam-nos intocados, mas nós às vezes sabotamo-nos desacreditando aquilo que sentimos em prol
de um qualquer raciocinio que tenho certeza que será muito lógico. Eu acredito
que o real segredo não é sabotar o que se sente mas antes aceitá-lo. Depois
logo se pensa o que  fazer com o que se sente.
Acho que nos sabotamos também porque a sensibilidade que temos, por ser
uma ferramenta maravilhosa ao nosso dispor, é também fonte de sofrimento
dúvidas e vontade de viver num lugar mais além onde nem toda agente aguenta, quer ou ousa entrar. 
Acredito que a derradeira procura do homem é a felicidade pelo Amor. Amor à
vida, às pessoas, ao outro e aos outros. Seremos/somos felizes quando nos
aceitamos e nos sentimos amados assim e integralmente e só podemos ser
amados integralmente quando nos entregamos por inteiro. Enquanto isso não
acontecer, os outros amam apenas a parte de mim que entrego, a única que
lhes é acessível.
E para mim de fato é engraçado ver a quantidade diferente de níveis de sentir que podemos ter, o que os despoletam e como podemos lidar com eles de formas tão distintas. Esta Vida que nos anima é muito rica. Resta-nos criarmos espaço em nós para nos sentirmos mais e melhor.

A Vida é Passageira


Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranquilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas nós não sabemos adivinhar. Nós não sabemos por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que nossa alma tanto pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos dos outros. Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que nós.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?
Isso faria uma grande diferença.
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: E agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente!
Ainda é tempo, de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo, de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo passageira, ainda está em nós.
Pense!... Não o perca mais!...