terça-feira, 10 de abril de 2012

O dinheiro não é tudo



Nós vivemos em uma sociedade escrava do dinheiro, precisamos dele para quase tudo. Pessoas são capazes de matar para ter um pouco de dinheiro nas mãos - dinheiro sujo é claro, mas ainda assim dinheiro.

Embora os males e os benefícios do dinheiro sejam conhecidos, não há como negar o valor desse instrumento que foi criado para substituir o sistema de escambo que vigorava em épocas passadas e acabou virando o objetivo principal de conquista da maioria das pessoas.

Já tentaram de tudo para substituí-lo, como cheques e cartões de créditos, porém ele continua por aí, flagrado muitas vezes pelas lentes de alguma câmera escondida sendo guardado em bolsos de paletós, cuecas e meias de muitos políticos e cidadãos corruptos que volta e meia são pegos usurpando o dinheiro dos nossos impostos através das propinas.

O dinheiro também é querido por cidadãos de bem que não abrem mão de tê-lo honestamente em suas carteiras para adquirir bens de consumo necessários para a sobrevivência.

Quem nunca fez uma “fezinha” em alguma loteria para poder ajeitar a vida! A Mega da Virada, por exemplo, bateu todos os recordes de vendas e o prêmio foi o maior da história das loterias administradas pela Caixa – o sucesso foi tanto que a Caixa, gestora dos principais jogos no país, já pensa em fazer da Mega da Virada um evento anual.

Quando existe muito dinheiro em jogo, seus amigos triplicam de uma hora para outra, até aqueles que andavam desaparecidos resolvem dar o ar da graça “apenas para dar um alô”. Os problemas também crescem de acordo com o tamanho do seu cofre - o carro, a casa e as roupas de antes, não servirão mais, pois você precisará substituí-los para poder fazer frente a sua nova realidade – quem sabe até a sua mulher ou marido também possam fazer parte desse pacote de mudanças. Se isso não correr, das duas uma, ou você ama a sua esposa ou marido ou simplesmente prefere não separar para não ter que dividir o dinheiro. Uma coisa é certa, a tentação é grande e vai ser difícil não ter algumas aventuras extraconjugais.

Curiosamente, muitas pessoas se dizem mais infelizes depois que ficaram milionárias - parece estranho, mas isso é verdadeiro. Nós vivemos de sonhos e conquistas e quando isso é saciado, passamos a não ter tantos objetivos. A falta de objetivos é um dos motivos que levam a depressão - isso não quer dizer que o dinheiro é o culpado. O grande problema é saber conviver com o dinheiro e muitos não estão preparados para isso e metem os pés pelas mãos e em alguns casos acabam ou perdendo tudo que conseguiram ou simplesmente vivendo infelizes para o resto da vida. A única certeza é que o dinheiro pode mudar uma pessoa, seja para melhor ou pior.

Eu não vou ser hipócrita a ponto de pensar que conseguiríamos sobreviver sem dinheiro, pois isso é quase impossível, a não ser que você seja um religioso e tenha feito algum voto de pobreza, caso contrário, o dinheiro continuará sendo uma das fontes necessárias para manter a subsistência das pessoas, além de ser um instrumento utilizado para corromper inúmeras pessoas seduzidas pelo seu valor e poder.

Possuir dinheiro é necessário e pode fazer bem desde que não o coloquemos à frente de tudo. Esforçar-se para consegui-lo pode ser mais vantajoso do que ganhá-lo facilmente, agora, se o dinheiro vier de maneira fácil, como em um prêmio lotérico, saiba que é possível conviver com ele sem culpas, basta fazer do dinheiro algo positivo na sua vida, utilizando-o como instrumento do bem. O ideal seria conseguir o suficiente para ser administrável e que possa manter o nosso equilíbrio moral e emocional, só assim ficaríamos longe do poder devastador que o dinheiro cria nas pessoas, muitas vezes destruindo famílias e grandes amizades.

"O dinheiro pode comprar quase tudo, porém não é capaz de comprar paz de espírito, tranqüilidade e felicidade."

Consumista, eu?


Pare e pense: quantas peças de roupa estão no seu armário ocupando espaço?

E por que elas estão lá? Simples a resposta: você passou, olhou, se empolgou e comprou. Comprou porque achou baratinha, comprou porque pensou que podia usar combinando com aquele sapato... Mas nunca usou. A etiqueta demonstra isso... As compras por impulso dão um certo arrependimento depois. Não pensamos na hora de fazer o curto caminho da bolsa à carteira e compramos por impulso. Sem pensar que poderíamos guardar o dinheirinho para outra ocasião. Antes de sair por aí comprando tudo o que vê pela frente, inspire e expire. Ou seja, pare e pense: será que vou mesmo usar, será que vai me servir para alguma coisa? E seu eu esperar para comprar outro dia, será que eu ainda vou querer?

Só você tem o controle sobre as suas finanças e sobre você mesma! Não use as compras como válvula de escape para se livrar dos problemas, pois isso só fará com que você arrume mais um: pagar mais uma dívida!

Em primeiro lugar, assuma um compromisso com você, estabeleça metas (esse mês só vou gastar tal quantia...), tenha um bloquinho de anotações e vá marcando quanto você gasta com tudo o que consome e vá eliminando as coisas supérfluas. No final você vai ver que aquela dinheirama toda que você gasta sem necessidade poderá ser aproveitada para outras coisas bem mais interessantes. Por exemplo, ninguém vai ficar doente se não for ao cinema toda a semana. Ninguém vai ter ataques se não comprar aquele sapato que está na moda.

Agora é a hora exata de você pensar bem e começar a poupar. Comece organizando suas despesas, fazendo regrinhas (isso eu posso, isso eu não posso, e assim por diante!), priorize as coisas. Principalmente porque esse é o mês em que começam chegar as contas: IPTU, IPVA, matrícula das crianças, lista de material escolar, férias...