sexta-feira, 8 de julho de 2011

INSÂNIA

Esta difícil manter a calma. A sensatez já virou uma palavra desconhecida no meu vocabulário e nas minhas atitudes. Me encontro na lucidez da minha loucura. Está tudo tão escuro, tão estranho. Começo a sentir falta de ar. Toda aquela minha armadura descrita, foi desfeita, virando pó onde o vento levou para longe. Cada sorriso ao dia é forçado, não para iludir a quem vê-lo, mas para a minha própria ilusão. Meus pensamentos encontram-se desordenados, nem sei ao certo se consigo distingui-los. Estou anestesiada como nunca estive antes, não sinto nada, é como se a vida estivesse a passar e eu petrificada. O tempo passa lentamente. A dor aumenta. Agora sim começo a acreditar que nada é tão ruim que não possa piorar. O coração se contrai a todo instante. Lágrimas caminham vagarosamente pelo meu rosto. Encontro segurança apenas na minha cama, usando meu travesseiro de escudo. Tento dormi o maior tempo que posso, para amenizar os pensamentos insanos. Não consigo. A insânia resulta na insônia. Mais pensamentos insanos. Inquieta. Nada me satisfaz mais. Nostalgia. O passado insiste em me dominar. O futuro? Mistério. E nesse devaneio que me encontro, só resta me entregar a fantasia. Dividida entre a razão e a loucura; entre o certo e o errado; entre a verdade e a mentira; entre eu e eu.  

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