sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Desabafo


Cá estou,
Dividida entre a felicidade da vida
E a amargura do momento.
Felizes os que não analisam,
Os que mascaram sentimentos,
Os que fantasiam...
Felizes os que não se aprofundam,
Os que vivem na flor da água, à flor da pele;
Estes os que não se turvam.
Eis-me prostrada.
Extasia-me a alegria do peito em chamas,
Angustia-me a placidez,
A pequenez do instante.
Não sou dada a superfícies.
Antes ser catastrófica
Do que viver em calmaria infinda.
Sou amazônica!
Cá estou enclausurada em detalhes,
Em futilidades...
Um grito!
Um berro lancinante!
Deixar que meu ser ocupe o seu espaço
(O sideral).
Espalhar-me.
E me encontrar cá onde estou.
Inteira!
Voltar ao normal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comenta q eu vou adorar!!!