quarta-feira, 13 de julho de 2011

ESTOU TRISTE


E nem penso em fingir não estar.
(...eu não conseguiria mesmo...sou absolutamente transparente)

Dou-me o direito de estar triste.

Não, não é só é pela falta de colo, pelos chamegos, pelo carinhos
(é muuuuito bom ser acarinhada!)...
é por mim mesma,
para respeitar meus sentimentos.

Estive analisando minha dor.

Da vez anterior em que me afastei do meu amor, a dor começou lancinante até que minhas lágrimas secaram e ficou só o meu coração dolorido, como se fosse um imenso hematoma e uma tristeza infinita estacionária, latejante.

Desta vez não.
Parece que meu coração foi retalhado e bate aos trancos, espalhando tristeza em espasmos dolorosos, como contrações.
E a infinita tristeza é crescente, pois sei que o momento seguinte será mais difícil.

Consigo sorrir, até dei umas gargalhadas por conta das tentativas dos minhas amigas para me animar.
Mas é como se não fosse eu, é como se eu representasse um personagem para aplacar as preocupações delas, pois eu sinto as mãos da tristeza a apertar-me o peito.
Preocupo-me com ele, o meu amado, sei o quão doloroso será também pra ele
(alguns homens só sentem a dor na prática
e eu sei que pra ele a dor dos dias sem mim é que será insuportável...
e isso não me consola, antes me angustia).

Minha vontade é chorar, chorar, chorar.

E eu sei que hoje a dor será maior e amanhã a saudade vai começar a dar as caras e na segunda-feira vou me sentir meio perdida e na terça perdida e meia e, a cada dia mais e mais nossa história, os detalhes, os orgasmos, as nossas músicas, e tudo o que define e distingue o nosso amor vai intensificar as fisgadas, até que, exangue, talvez eu fique anestesiada.

Respeito sim minha tristeza.
Ela me sussurra o tempo todo como é especial o amor que me toma o corpo e a alma.

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