sexta-feira, 1 de julho de 2011

HÁBITO E AMOR

...Eu o vejo diariamente (de segunda a sexta)...mas só vejo de longe...
E quando penso não ser possível derramar mais uma lágrima, quando penso terem se esgotado, eis que elas brotam como se houvesse uma nascente dentro de mim.

Ontem de madrugada me bateu uma preocupação imensa...como se ele estivesse precisando do meu colo....
Hoje, quando o vi, achei que ele não estava bem...eu senti.
Imediatamente fiquei com vontade de colocá-lo no meu colo...e cuidar dele...e alimentá-lo...e fazer mil carinhos.
Sinto tanta falta dele!!!

Fiquei me perguntando se toda esta falta seria apenas hábito...
(talvez um questionamento típico de amizade que se transforma em amor)
Infelizmente não é.
Sim, infelizmente.

Se fosse hábito, qualquer pessoa poderia substituir seu sorriso, sua presença.
Mas não.
Nenhuma pessoa, por mais especial...
Nenhum sorriso é o seu.
Nenhuma conversa, por mais agradável, tem a mesma confiança,
a mesma cumplicidade, a mesma sinceridade...
Nenhuma presença tem o mesmo companheirismo, o mesmo carinho,
a mesma alegria compartilhada...

Hábito?!
Não!
Amor.

Pena que eu não saiba como fazer o caminho inverso...
transformar o amor em amizade...
ou melhor, manter a amizade que existe ainda
e livrar-me do incômodo amor.
Temos tanto em comum!
Mas...sou apenas uma mulher-coração...
não sei dessas alquimias mundanas.

Devo me habituar sim,
à sua ausência

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